Queijos autorais

Texto por: Publicado em: 12 de abril de 2024

Celeiro do Leite – Queijos autorais

Quando a Daniele Piassi, em 2018, resolveu produzir queijos para não perder a produção da fazenda, devido a greve dos caminhoneiros, nem imaginava que ali estaria criando a queijaria Celeiro do Leite. A marca, nesses seis anos, se solidificou no mercado de Passos e região e novos e deliciosos produtos foram criados. Do queijo Minas Frescal vieram os maturados, muitas especializações e produtos autorais, mostrando que a adversidade uniu a família em novo projeto de criação de queijos finos.

Daniele e Alessandro na sala de maturação da Celeiro do Leite

A produção é familiar e a mestre queijeira, a Daniele, conta com o apoio do marido, Alessandro e dos filhos Alexandre e Arthur. Para se ter um produto de qualidade, a produção é rigorosa com foco na qualidade e bem-estar animal. Todo esse cuidado na produção mais natural possível do leite, se reflete na qualidade dos queijos que ganham espaço em festas, buffets com suas harmonizações deliciosas. Além do sabor, uma das marcas da Celeiro são as ranhuras nas cascas de todos os seus produtos. Outro diferencial é a sala de maturação, criada na base da casa cujas paredes são de pedras e propiciam um ambiente para a maturação com umidade e calor ideal para esse processo.

A linha de produção tem quatro tipos de queijos: o Celero, o primeiro queijo desenvolvido pela família. O queijo Cremoso, versátil e para todos os paladares, o Candeia, com suas olhaduras e o Ouro trazendo mais picancia. Entre os produtos da queijaria, o queijo Candeia, uma produção autoral da Daniele,  conquista cada vez mais clientes. De sabor adocicado e textura bem macia, o queijo mantém as ranhuras, uma marca da Celeiro, e novo formato,  quadrado, que o difere dos demais. Aliás, a Daniele Piassi, se desdobra nessa e em outras produções autorais se preparando para o VII Prêmio Queijo Brasil, que acontecerá em Blumenau de 11 a 14 de julho. Podemos aguardar novidades, a Daniele sempre nos surpreende!

Para os apaixonados por queijos, mesmo distante de Minas Gerais, podem comprar na loja online da marca pelo site www.celeirodoleite.com.br. No Instagram podem conferir o dia a dia da fazenda e as novidades no @celeirodoleite.

O Candeia da Celeiro do Leite

Santa Isabel

A Ana Luiza Vasconcelos, a Lilita, sempre gostou de fabricar queijos de origem síria, como o chancliche e a coalhada. Durante a pandemia, já aposentada, decidiu morar na Fazenda Santa Isabel, e lá começou a transformar o que era uma paixão em um produto comercial. Na prática, uniu a paixão ao conhecimento, colocou o seu toque gourmet e artístico, e começou a vender para amigos, conhecidos, amigos dos amigos. Foi sucesso imediato. Como sempre gostou de decoração, pôs nos queijos um pouco de arte. Assim, os produtos saíam da sua queijaria já saborizados e decorados para festas, buffets, reuniões. E vêm conquistando cada vez mais clientes.


Lilita na Santa Isabel em dia de degustação para convidados

Apaixonada pelo trabalho, ela se prepara para construir a sua queijaria que terá padrão diverso das conhecidas, pelo tipo de queijo que produz, que exige um processo diferenciado para a maturação. Mas, Lilita segue testando fórmulas e saborizações. Assim, queijos de origem holandesa como o Melba, em várias versões saborizadas, o Chancliche, também saborizado, Queijo Beto Feijó, em homenagem à origem da receita, o queijo Nuvem, com massa ácida e textura cremosa, e o Minas Padrão, na versão da Lilita, que é inesquecível pelo sabor e textura. Mas, ela é enfática ao dizer que seus queijos são bons porque o leite da fazenda é de boa qualidade. Entre os testes estão também os queijos maturados. Conheça mais da trajetória da Lilita na Matéria Especial da nossa terceira edição. https://revistaagromagazine.com.br/2024/01/18/pecuaria-leiteira-uma-paixao-da-familia-vasconcelos/

Queijos Trufados – Serra Geral

No município de Serranópolis, região de Serra Geral, a produtora Eduarda Barbosa Santos, a Duda, optou pela produção de queijos depois de cursar engenharia de alimentos e criar queijos autorais, como o Minas Frescal com recheio de goiabada e o queijo Coalho com recheio de carne seca.


Queijo Coalho com carne seca

Tudo começou quando Duda quis unir a tradicional goiabada ao também tradicional queijo em um só produto. Foi na fazenda dos avós que os testes aconteceram até criar a sua versão. Até aquele momento, ela não conhecia nenhuma versão desse produto na sua região e estaria apostando em uma inovação. O negócio foi colocar a “mão na massa”. Do queijo trufado de goiabada, ela criou o trufado com doce de leite. Dois sabores tradicionais da culinária mineira.

Em 2019, criou a sua própria queijaria e, em 2020, conquistou as suas certificações. A partir daí, vieram outras criações autorais como o queijo coalho com carne seca, seu carro chefe de vendas, atualmente.

A pecuária leiteira é uma tradição na família da Duda. Seu avô e seu pai trabalharam com a produção de leite e queijo. A sua ideia, quando resolveu apostar no segmento, foi agregar valor ao produto. E ela conseguiu. Para a produção dos queijos, ela aposta nas raças Girolando e Holandês. Na queijaria, a sua média de produção de queijos é de mais de 20 kg/dia.

Em 2023, Duda, conquistou a sua primeira medalha de bronze no VI Prêmio Queijo Brasil e medalha de prata na Expoqueijo (Araxá International Cheese, Awards).  Duda segue empreendendo, promovendo visitas a sua propriedade. Para conhecer mais a queijaria, acesse a conta no instagram @queijariadinda.


Eduarda e o seu queijo trufado

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